quinta-feira, 9 de abril de 2009

Medindo forças em Florianópolis


Jogos contra o Fernando Raulino foram sempre muito equilibrados

O início do Campeonato Catarinense de Futsal nos deu uma falsa certeza de que o nosso principal adversário seria o Fernando Raulino. Após três derrotas seguidas para eles, acreditamos que seria uma dureza superar um time tão ou mais forte que o nosso. Mas os jogos não mostravam haver uma superioridade de nenhum dos lados. O placar é que variava, mas sempre pendia para eles. Até que veio a nossa primeira vitória e, a partir dela, outras duas. Ficamos confiantes – e com razão. Vencemos o primeiro turno invictos, uma conquista inédita para o clube. Para que isso ocorresse, tivemos que bater equipes tradicionais, como Elase, Colegial, Clube Doze de Agosto e o próprio Raulino. Vencemos ainda a Adiee e os Filhos da Lua por W.O.
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Veio o segundo turno e o Avaí-LIC, bem mais relaxado, tentava conquistar o campeonato sem a necessidade de realizar uma final. Bastava para isso vencer novamente todos os adversários. E estávamos prontos. O que não esperávamos era ser derrotados pelo Colegial, equipe que a gente havia humilhado no primeiro turno, vencendo por um placar de 7 a 3. Já estava 7 a 0 aos 5 minutos do segundo tempo, quando o nosso treinador decidiu dar chance a todos os jogadores do banco. Enfraquecidos, tomamos três gols. Mas ficou nisso.
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No segundo turno, jogando na casa deles, perdemos por 5 a 2 e ficamos aguardando os acontecimentos. Não podíamos perder mais pontos para continuar sonhando com o título. Vencemos todos os jogos, inclusive uma partida duríssima contra o Clube Doze de Agosto, às vésperas da semifinal do Campeonato Catarinense de Futsal. Éramos os dois únicos clubes de Florianópolis que ainda se mantinham vivos naquela competição e eles não queriam perder. Contra a gente jogaram tudo o que podiam para manterem-se vivos também na Liga, mas não adiantou. Acabamos vencendo por 5 a 3.
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Vencemos também a Elase, novamente a Adiee e mais uma vez os Filhos da Lua por W.O. – acho que eles estavam evitando jogar contra a gente. Chegou a partida final do segundo turno. Avaí-LIC contra Fernando Raulino. No mesmo horário jogavam Elase e Colegial, no ginásio de esportes do primeiro. Em função do regulamento – que só nos foi comunicado após a derrota para o Colegial -, se houvessem dois campeões diferentes em cada turno, a competição seria aberta novamente, dando chances aos segundo e terceiro lugares de voltar à briga em uma semifinal. Como poderia haver um empate triplo nesse turno entre o Avaí-LIC, o Colegial e o Fernando Raulino (caso perdesse a partida daquela noite), o returno seria decido pelo critério de gols sofridos. E não é difícil imaginar que houve maracutaia. Simplesmente a Elase entrou em quadra com sua equipe reserva e com a “obrigação” de não fazer gols no adversário. Critério obscuro esse da Liga, que favoreceu o anti-esporte. Como vencemos por 5 a 2, acabamos sendo vice-campeões do segundo turno, perdendo por apenas um gol de diferença.
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Na semifinal, que ocorreu logo após termos sido desclassificados do Campeonato Catarinense de Futsal, já não tínhamos mais forças para competir. Ao vencer o Fernando Raulino, naquela noite, a garotada imaginou que o título estava garantido. Mas não estava. Ficamos sabendo de toda a armação pelo celular. Na semifinal, enfrentamos a Elase em nossa casa e perdemos feio: 8 a 3. Estávamos fora da final. Na disputa de terceiro lugar, após termos saído na frente, voltamos a perder, depois de muito tempo, para o Fernando Raulino totalmente desfalcado.
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Título? Era para ser, mas não deixaram. Lembro que quando contei a tramóia ao presidente do Avaí, João Nilson Zunino, eles achou um absurdo, ressaltando que deveríamos ter nos retirado da disputa após o término do segundo turno. No cômputo geral, fizemos 33 pontos, contra 27 do Fernando Raulino, que ficou em terceiro lugar; 24 do Colegial, que foi campeão e, pasmem, 17 da Elase, vice-campeã. Que regulamento era aquele...?

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